Se tenho interesse pelo esporte e ingressei no jornalismo esportivo, também é porque tenho exemplos em casa de esportistas dos quais me orgulho muito. De todos eles, gostaria de destacar o meu pai e meu avô. Cada qual ao seu tempo, ambos conseguiram escrever uma história bacana no esporte a nível estadual e até nacional.
Arlindo Carlos Prates (meu pai) – jogador de handebol e futebol
Meu pai jogou por muito tempo na seleção brasileira de handebol, e também na seleção paulista, quando na época ainda existiam seleções regionalizadas. Sempre foi um dos principais artilheiros, numa época em que o esporte era pouquíssimo valorizado (panorama que não mudou muito hoje). Atuou ao lado de nomes hoje conhecidos do grande público, casos do jornalista William Waack e do ator Kadu Moliterno.
Meu pai sempre teve aptidão para esportes. No início da década de 70, fez parte de alguns jogos do time principal do Santos com lateral-direito, mas costuma falar dos seus cinco segundos de fama como coadjuvante do filme Isto É Pelé, em que ele leva um drible desconcertante do Rei do Futebol (prometo achar o link do vídeo e postar aqui em breve).
Os caminhos do meu pai e de Pelé se cruzaram mais uma vez na Faculdade de Educação Física (Fefis) em Santos. Os dois se formaram na turma que também tinha o técnico Émerson Leão entre os ilustres.
Arlindo Prates (meu avô) – jogador de futebol *
Arlindo Prates, o quarto-zagueiro disciplinado que nunca foi expulso em 19 anos de carreira (ganhou o Prêmio Belfort Duarte por isso) e sempre ostentou a tarja de capitão, foi revelado pela Ponte Preta, em 1944. Também teve passagens pelo Taubaté-SP, Bandeirante de Birigui-SP, América de Rio Preto-SP, Botafogo do Rio de Janeiro, Olímpia-SP, Francana-SP e Rio Preto, de São José do Rio Preto-SP, onde pendurou as chuteiras em 1963.