O importante é a vaga!

Foi duro, difícil, suado, mas a vaga veio. O Santos empatou com o Deportivo Lara por 1 a 1 e avançou para a terceira fase da Libertadores por ter vencido por 2 a 1 o primeiro jogo na Vila Belmiro.

O título deste post, O importante é a vaga, pode passar a impressão errada de que o autor destas linhas entrou para o time dos resultadistas de plantão. O que estou tentando é valorizar o contexto: é uma equipe em formação, repleta de atletas jovens, com técnico novo, inúmeros desfalques e que ainda foi acometido por um problema estomacal de última hora pouco antes da bola rolar.

O jogo em si não foi bom. O Santos teve dificuldades de sair da forte marcação do Deportivo Lara, que mais uma vez jogou com cinco defensores. Teve mais posse (66%), conseguiu chutar mais no gol (3 a 2), mas faltou ser mais assertivo na hora de concluir.

O ponto que merece atenção especial, como o próprio técnico Ariel Holan reconheceu depois da partida, é a falha de marcação nas bolas paradas, que voltou a acontecer no duelo da Venezuela assim como havia ocorrido na Vila. Ciente da deficiência do Santos, o Deportivo Lara só ameaçou desta forma, e ficou perto de levar a partida para a disputa de pênaltis.

O registro positivo fica para o primeiro gol de falta de Soteldo com a camisa do Santos (um golaço). O venezuelano foi premiado pelos treinos diários para se aperfeiçoar neste quesito. Em duelos equilibrados como esse, a bola parada se torna um diferencial que pode ajudar muito o Peixe na temporada.

O empate de ontem rendeu R$ 3 milhões nos cofres combalidos do Santos e garantiu o clube na disputa de uma competição continental deste ano – mesmo se for eliminado por San Lorenzo ou Universidad de Chile na próxima fase, o Peixe vai disputar a Copa Sul-Americana. E o melhor de tudo: deu fôlego para Ariel Holan seguir o seu trabalho de montagem da equipe longe das cornetas da opinião pública.

Até agora, Holan tem quatro jogos no comando do Santos: duas vitórias, um empate e uma difícil derrota para o São Paulo no clássico. Mas o que vale é que, mesmo com pouco tempo de trabalho, já existe uma ideia clara em campo do que o treinador pensa, e muito espaço para os jovens se desenvolverem.

Que o torcedor tenha paciência com as oscilações, e entenda que é um trabalho que vai render frutos a médio prazo.

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