Opinião: Nadal no Brasil em 2015 valeu pelas suas manias em quadra

Rafael Nadal voltou ao Brasil para mais uma vez participar do Rio Open. O espanhol chegou como número 3 do ranking (saiu como quarto colocado) e a expectativa de que ganharia mais um título sem muitos esforços. Mas a sua passagem pelas terras tupiniquins valeu pelas suas manias dentro de quadra.

Não que Nadal não tenha mostrado lances do craque que é no saibro. Mas parar na semifinal contra o italiano Fábio Fognini, que chegou como número 28 no ranking (saiu como número 22), é muito pouco para um tenista da grandeza do espanhol.

Como bom pé-frio que sou, adivinhem qual jogo do Nadal que vi in loco? A derrota para Fognini, é claro. E o que vi foi um início arrasador do espanhol, que fez 4 a 0 sem muito trabalho. Quando o italiano acordou no jogo, já estava 6 a 1.

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No segundo set, a torcida passou a jogar com Fognini pelo simples fato de querer um jogo mais disputado. E o italiano cresceu aproveitando a displicência de Nadal, enfiando 6 a 2 para delírio do público. Nadal bem que acordou, mas sofreu com dores e não conseguiu evitar o 7 a 5 no set final.

Vitória justa de Fognini. Derrota amarga para Nadal.

Apesar da derrota e do jogo abaixo da média, para mim foi interessante analisar o comportamento de Nadal durante a partida. Já tinha ouvido falar que o espanhol tinha manias e esquisitices, mas não sabia que eram tantas. Foram inúmeras ajeitadas no shorts. Um ritual curioso no saque, que passa por toques da raquete no tênis, mão no nariz e no rosto, e o descarte da primeira bola recebida para sacar. Teve o uso de duas toalhas para se secar entre os pontos, ao invés de uma. Não dá para esquecer a forma meticulosa de colocar a água que ele usa para se hidratar no chão.

Tudo isso é besteira? Quem sou eu para dizer algo assim de um multicampeão do tênis.

Além das manias, chamou a atenção na visita de Nadal pelo Brasil o ‘malabarismo’ que o espanhol teve que fazer para trocar o calção na quadra nas quartas de final contra Pablo Cuevas, o que arrancou suspiros do público feminino que estava na partida.

Foi bacana também ver a empolgação de Nadal para acompanhar o Carnaval do Rio de Janeiro. O espanhol mostrou disposição para passar pelo Sambódromo mesmo debaixo de chuva.

O único ponto negativo foi ver que o Rio Open não conseguiu lotar a arquibancada nem mesmo para ver Nadal jogar contra Fognini.

Volte mais vezes, Nadal. O Brasil precisa ver lendas como você mais de perto para que nossos jovens voltem a se interessar pelo tênis.

* O editor foi ao Rio Open a convite da Samsung

Texto originalmente publicado no site Torcedores.com. Seja um colaborador!

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