O Santos ainda não aprendeu a viver sem Neymar, um ano depois do jogo de sua despedida. O Peixe não conseguiu se reciclar depois da saída do seu principal jogador, no dia 26 de maio de 2013.
Para quem não se lembra, Neymar deixou o Santos longe da Vila Belmiro, num empate melancólico contra o Flamengo em jogo realizado no estádio Mané Garrincha, em Brasília. O Santos era mandante naquele jogo, e escolheu jogar longe da Vila para arrecadar mais. A diretoria acertou o jogo antes de saber que seria o último jogo de Neymar.
Depois de Neymar, o que fez o Santos de relevante? Pouco, muito pouco. Ameaçou que encantaria o futebol brasileiro no início da disputa do Paulistão, mas fracassou ao perder a final para o Ituano. Antes, tinha feito um Campeonato Brasileiro muito mediano para as tradições do clube. Agora, ameaça fazer o mesmo na atual edição do Brasileiro.
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A diretoria do Santos foi ao mercado tentar trazer alguém que pudesse representar no campo o que Neymar representava. Leandro Damião, até agora, fracassou. Chegou para fazer gols, mas ainda não disse a que veio. E custou muito aos cofres do clube. Os jovens do Santos, que costumam salvar a pátria quando a fase está ruim, ainda sofrem com a oscilação: ora fazem jogos excelentes, ora decepcionam.
Fora do campo, a perda de desempenho após a saída de Neymar é mais gritante. O atacante da seleção brasileira ajudou a turbinar as receitas de marketing do Santos. Depois que saiu, o Santos sequer conseguiu arranjar um patrocinador master para o seu uniforme.
Claro que o Santos é muito maior que Neymar. A história está aí para dizer isso. O Santos vai voltar a vencer sem o último maior ídolo. Mas isso não exclui o fato de que o Peixe precisa aprender a encontrar o caminho das glórias sem Neymar. Em campo e fora dele.
Crédito da foto: Reprodução
Texto originalmente publicado no site Torcedores.com. Seja um colaborador!