Abuso infantil no entorno dos estádios da Copa é o maior desafio a ser vencido pelas autoridades. Relatos estarrecedores de incidências desse crime precisam ser levados mais em conta e combatidos.
O último dos relatos veio em ótima matéria do meu camarada Vinicius Segalla, do UOL, que relatou que a CPI da Câmara dos Vereadores de São Paulo concluiu que o bairro de Itaquera, onde foi construído o estádio da Copa do Mundo, aumentou o número de casos de abusos sexuais contra crianças e adolescentes durante o período da construção do Itaquerão.
Não é a primeira vez que algo do tipo é relatado. Em 2013, a imprensa que trabalhou na Copa das Confederações flagrou casos de prostituição infantil a cem metros do Castelão, estádio de Fortaleza que será sede da Copa do Mundo.
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E este absurdo não está sendo detectado apenas em estádios da Copa do Mundo. Meu amigo Gustavo Franceschini foi na Arena do Grêmio em junho do ano passado e investigou sobre a proliferação do trabalho e da prostituição de crianças e adolescentes na região do estádio.
Acho legítima a preocupação sobre se os estádios ficarão prontos ou não para a Copa do Mundo, ou se o Mundial deixará algum tipo de legado. Mas não podemos fechar os olhos para o abuso infantil. Muito pelo contrário. É um problema que tem que ser combatido o quanto antes.
Texto originalmente publicado no site Torcedores.com. Seja um colaborador!
Crédito da foto: Getty Images