Jean Chera foi tido por um tempo no Santos como o ‘novo Neymar’. Mas aos 19 anos, o garoto amarga o desemprego e está treinando em uma academia da cidade enquanto não acerta com novo clube.
Jean Chera está sem clube desde o final de março, quando foi dispensado pelo Oeste, clube do interior de São Paulo, sem disputar uma partida sequer no último Campeonato Paulista – ficou no máximo no banco de reservas.
O jovem nunca chegou a despontar como profissional. Jean Chera recebeu um bom salário do Santos quando despontou na base, porque o então presidente do Peixe, Marcelo Teixeira, temia perdê-lo assim como quase perdeu Neymar para o Real Madrid.
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Jean Chera nem chegou a jogar entre os profissionais do Santos porque seu pai, Celso Chera, brigou com a diretoria do clube. Desde então, o garoto só colecionou insucessos na carreira: Genoa-ITA, Flamengo, Atlético-PR, Cruzeiro e Oeste.
Como escrevi neste espaço, Jean Chera é um garoto que logo cedo conquistou, sem muito esforço, tudo que muito jovem tenta e muitas vezes não consegue conquistar: lugar cativo num clube grande, salário maior até do que atleta profissional e a certeza de que seu caminho para brilhar estava traçado. Mundo dos sonhos? Para ele, não. O garoto se perdeu na ganância do pai e coleciona fracasso após fracasso no futebol.
A história até agora mal sucedida de Jean Chera, infelizmente, é um retrato cruel de situações que acontecem cotidianamente na base dos principais clubes do país. Ávidos por revelarem talentos em casa, os dirigentes dos times muitas vezes entram no oba-oba criado pela imprensa e supervalorizam pequenos atletas que até podem vir a ser craques, mas precisam ‘maturar’, para usar um jargão dos técnicos, antes disso.
Apesar das dificuldades que tem enfrentado na carreora, Jean Chera pode vir até a ser um jogador acima da média. Mas ele é um bom exemplo de que não basta ter talento para vingar no futebol, mas também ter base estruturada, boa formação familiar, para aguentar o tranco de passar a ser famoso e ter assédio/melhoria substancial de vida de um dia para o outro. Histórias de atletas que caíram nas drogas ou no álcool estão aí aos montes para serem contadas e recontadas.
Texto originalmente publicado no site Torcedores.com. Seja um colaborador!
Crédito da foto: Reprodução
Com certeza! Infelizmente, nem todos tem um pai ou congênere igual ao “seu Dondico” do Pelé. Belo post.
Muito obrigado pelo elogio e por sempre comentar no meu post, Waldir! Grande abraço!