Cada vez mais tenho a convicção de uma coisa: os treinadores do futebol brasileiro se desrespeitam. Nas últimas semanas, acontecimentos desabonadores entre os profissionais desta classe no país tem me provado que esta análise é correta.
Conhecem Vagner Benazzi e Toninho Cecílio? Não? Pois conhecerá agora. Os dois protagonizaram um episódio lamentável de desrespeito mútuo via imprensa.
Benazzi foi no mínimo deselegante com Cecílio ao dizer que encontrou uma bagunça no Comercial e, por isso, estava com dificuldades de fazer o time de Ribeirão Preto se manter na primeira divisão do Paulistão.
“Eu estou aqui há um mês. Isso aqui estava uma bagunça. O time estava todo errado dentro de campo, todo torto. Sem uma parte física boa”.
Irritado com o que disse Benazzi, Toninho Cecílio foi MUITO além na resposta publicada em uma carta destinada aos amigos do Globoesporte.com. “Como pode haver tamanha covardia de um colega de trabalho?”.
Como pode tanto desrespeito entre dois profissionais que deveriam no mínimo serem colegas? Fico pensando…os treinadores brasileiros tem dificuldade de desenvolverem seus trabalhos porque não se ajudam. Muitas vezes, o técnico que está fora fica torcendo para o que está dentro perder e, assim, deixar o cargo disponível.
E o desrespeito entre profissionais tem acontecido nos mais diferentes níveis de equipes no Brasil. Outro dia, Mano Menezes insinuou que o São Paulo teria facilitado na partida para o Ituano para prejudicar o Corinthians. Muricy Ramalho, técnico do Tricolor, ficou chateado com a insinuação, mas mesmo assim Mano se recusou a pedir desculpas. Custava ele ter feito isso?
Penso que criar um ambiente de cooperação seria um grande passo para os treinadores desenvolverem um bom trabalho em suas equipes no Brasil.
Crédito da foto: Site oficial do Avaí
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