O caso deplorável de racismo envolvendo o cruzeirense Tinga na Libertadores mereceu destaque em toda a imprensa. Personalidades do mais alto calibre, como a presidente Dilma e os mandatários da Fifa e da CBF, prontamente se manifestaram contra o episódio.
“Não só como presidente da CBF, mas, sobretudo como amante do futebol, tenho o dever de repudiar essa prática absurda de racismo que continua acontecendo nos estádios. O futebol é símbolo de congraçamento, de alegria e não de demonstrações de preconceito e intolerância”, disse Marin.
“Faço coro com @dilmabr ao condenar o episódio de racismo envolvendo Tinga, do @_OficialCEC. A FIFA é contra todo ato de discriminação”, endossou Blatter.
Mas…E A PRÁTICA?
Discursos contra o racismo eu tô cansado de ouvir. Mas cadê a coragem da Fifa de obrigar a Conmebol a excluir o Garcilaso da Libertadores? Cadê a CBF para interceder a favor de Tinga e forçar a Conmebol a aplicar uma punição pesada?
Ah, alguns podem ponderar que o clube não tem nada a ver com isso. Mas os torcedores realmente sentirão as consequências dos seus atos quando perceberam que seu time não poderá disputar competições importantes por causa disso.
A punição tem que ser a mais dura possível. Até para que o exemplo seja dado, e que atos como esse não sejam mais cometidos.
E sempre é bom ressaltar: que postura elegante do Tinga durante todo o episódio. Que ele tenha a força necessária para superar isso. E que o futebol seja praticado por mais caras como ele.
Crédito da foto: Dionizio Oliveira/UOL
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Um comentário em “Fifa e CBF tem discurso bom contra o racismo. Mas e a prática?”