Em 2008, tinha 24 anos, três como formado e dois no UOL Esporte. Iniciando na carreira, recebi a valiosa oportunidade de cobrir o Mundial de futsal em Brasília e no Rio de Janeiro. E foi na capital federal que recebi a minha primeira lição de vestimenta da profissão: nunca, em hipótese alguma, vá trabalhar lá sem levar um terno na mala.
“Filho, você vai para Brasília? Leva um terno”. As palavras do meu pai ecoam até hoje quando me lembro do assunto. Na hora, pensei: “que isso, não vai precisar”. Mas depois, tive que reconhecer que ele estava certo.
Na minha cabeça, o raciocínio era simples. Eu iria para trabalhar somente no futsal. O UOL tem setorista que fica em Brasília. Qual seria a necessidade de eu trabalhar em outro evento que não fosse o Mundial de futsal? Além do mais, iria me dar muito trabalho para transportar o paletó na bagagem.
Optei por não levar, e óbvio que o inesperado aconteceu…
Toca o telefone. Do outro lado da linha, meu chefe. “Vai ter evento do presidente Lula com os esportistas olímpicos amanhã. Precisamos que você vá”.
E agora?
Foi o terno mais rápido que arranjei na minha vida. Depois da tentativa frustrada de conseguir um emprestado, fui até o shopping que ficava perto do hotel onde eu estava e comprei o mais barato que vi. Tive sorte de conseguir alguém para fazer a bainha da calça no mesmo dia da pauta. Escapei por pouco de me dar mal. Mas meu pai conta a história para os amigos dele até hoje. E em todas as vezes, sou obrigado a lhe dar razão.
Em tempo:
Relembre um dos textos que escrevi na cobertura do evento em Brasília
Veja a lista das matérias que fiz pelo UOL na minha página pessoal