O quase gol de Paulo Henrique Ganso no último domingo contra o Botafogo gerou elogios desmedidos ao meia são-paulino nas mídias sociais e na TV. Reiniciou-se a campanha para que ele tivesse uma nova chance na seleção brasileira. Mas é preciso paciência ainda com o jogador, principalmente na hora de analisá-lo.
Ganso tem voltado a jogar bem e mostra em alguns lances o quanto é acima da média, principalmente para o nível do futebol brasileiro. Mas é inconstante, o que atrapalha (muito) qualquer pretensão de ser chamado por Felipão para a Copa do Mundo.
(Sobre o lance contra o Botafogo, repito o que já escrevi anteriormente: lance muito bonito, de quem sabe jogar bola, mas não tão genial quanto foi alardeado. Para mim, é uma mostra de que estamos carentes de jogadas diferentes no futebol brasileiro.)
No São Paulo, Ganso tem melhorado cada vez mais de um problema que também sofreu quando jogava no Santos: a apatia. Segundo levantamento do amigo Marcelo Bechler em seu blog, ele tem se tornado um jogador muito mais participativo, mais até do que a maioria dos meias que atuam na sua posição no Brasileirão.
Ganso ainda precisa ser mais decisivo. Posso estar sendo leviano, mas qual jogo decisivo ele foi preponderante para um bom desempenho do São Paulo no ano passado? E neste ano? O tempo corre contra o meia. E a desconfiança por uma fase ruim que se tornou constante no ano passado também.
Se quer mesmo ir para a Copa, Ganso não tem mais o direito de não ser decisivo.
Crédito: Julia Chequer/Folhapress
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Desde o paulista de 2010 não decide absolutamente nada. É um gênio, mas, não tem nervos e é dono de um par de joelhos de vidro. Todos os dias agradeço ao SPFC por nos ter pago 23 milhões por um maestro que não rege, por um meia que não arma, por um atleta que não marca porque “não é sua característica”. Errados estavam Giovanni e o saudoso Doutor Sócrates, que mesmo altos e falso lentos, armavam e voltavam pra marcar. Certo está essa Ave, que passará os próximos meses de contrato enganando a si mesmo e botando a culpa nos outros. Não tardará e começará a reclamar na Imprensa sobre como o SPFC não lhe dá condições de ser um gênio.
O problema desse rapaz é estrutural, de berço. Infelizmente.
Tomara que você esteja errada, Tatiana! O futebol brasileiro precisa dele! Mas só o tempo dirá! Um abraço e muito obrigado por comentar no blog!