O São Paulo tem se dedicado muito nos bastidores a impedir que a Ponte Preta jogue em seu estádio a segunda semifinal da Sul-Americana. O movimento é legítimo, porque se escora num regulamento que tem que ser cumprido. Mas o Tricolor não pode achar que atitudes como essa irão influenciar no desempenho de ambas as equipes em campo. Ou até mais: pensar que isto basta para ganhar a semifinal da Copa Sul-Americana.
A alegação do vice-presidente João Paulo de Jesus Lopes de que a preocupação do São Paulo é com a segurança me parece uma ‘cascata’. O Tricolor já jogou com condições de segurança muito piores do que o Moisés Lucarelli e conseguiu a vitória mesmo assim.
A diretoria do São Paulo quer mesmo é minar uma das principais armas da Ponte Preta, que é o apoio da sua torcida. Os ponte-pretanos estão muito empolgados pelo bom desempenho do time em sua primeira competição internacional de grande porte.
Por mais que seja um preciosismo vetar o jogo no Moisés Lucarelli, o argumento do São Paulo para isso é justo e inquestionável. Ou o regulamento só vale ser aplicado quando atende aos interesses próprios? Por mais que os dirigentes da Ponte reclamem e pensem que isso “é uma atitude mesquinha, picuinha”, o Tricolor está no seu direito.
Cabe agora ao técnico Muricy Ramalho trabalhar para que estes fatores extracampo não interfiram no desempenho do time e não criem um clima de ‘já ganhou’, ainda mais se o São Paulo fizer um bom resultado no Morumbi.
Crédito da foto: Victor Hafner/Ponte Preta
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