Diego Simeone e Gerardo Martino são dois treinadores argentinos que comandam gigantes espanhois. Ambos tem feito campanhas brilhantes com o Atlético de Madri e o Barcelona nesta temporada. E a minha pergunta que fica é: e os técnicos brasileiros, como estão neste cenário?
Não estão. Nem sequer são cogitados quando surge algum cargo vago de treinador entre os grandes clubes do mundo.
Se a minha memória não estiver enganada, os brasileiros que comandaram grandes na Europa recentemente foram Luiz Felipe Scolari (Chelsea-2008), Vanderlei Luxemburgo (Real Madrid-2005) e Carlos Alberto Parreira (Valencia-1994).
Enquanto isso, Martino e Simeone somam dez vitórias em dez jogos no Campeonato Espanhol e na Liga dos Campeões, com seus times jogando um futebol vistoso e competitivo.
Muitas são as desculpas dadas para este problema. Alguns alegam que a questão da língua dificulta. Oras, então que façam que nem o Guardiola, que fez um curso intensivo em alemão para poder dispensar um tradutor no Bayern de Munique.
Outros justificam que a diferença de cultura atrapalha. Pode até ser. Mas será que então não somos nós que temos que rever nossos conceitos defasados, e não os europeus?
Mas o que me incomoda é a arrogância dos técnicos brasileiros ao falar deste tema. Nove em cada 10 treinadores diz que se sente em condição de igualdade aos europeus e que se tivessem com grandes elencos entregariam grandes trabalhos. Será mesmo? Cadê os dirigentes europeus então para reconhecer tão valoroso trabalho e levá-los para lá? Menos, muito menos.
Crédito da foto: EFE/Albert Olivé
Em tempo:
Acompanhe tudo sobre o Campeonato Espanhol no UOL Esporte
Veja a lista das matérias que fiz pelo UOL na minha página pessoal