As oitavas de final da Copa do Brasil foram encerradas nesta quinta-feira. E o que se viu foi um show de reclamações de técnicos e dirigentes sobre a arbitragem durante as partidas.
O pior exemplo foi do técnico Vanderlei Luxemburgo. Ele, que já tinha reclamado após a derrota para o São Paulo pelo Brasileirão, foi ainda além na eliminação do Fluminense contra o Goiás ao falar de uma perseguição do ex-chefe da Comissão de Arbitragem contra ele.
Na teoria de Luxemburgo, Sérgio Corrêa da Silva é seu inimigo. Por isso, Luiz Flávio de Oliveira e seu irmão Paulo César, que são seus amigos, sempre o prejudicam nos jogos contra as equipes que ele comanda. O treinador, que é mestre em desviar o foco das atenções, deixou a atuação abaixo da média do seu time (mais uma vez) em segundo plano. Mas se o Tricolor carioca jogasse mais bola nas duas partidas, nada deste discurso seria necessário.
O Atlético-MG também abusou de reclamar da arbitragem. O presidente Alexandre Kalil chamou o juiz do empate contra o Botafogo de vagabundo e ladrão. Ronaldinho Gaúcho também chiou muito. Só que ambos não comentaram que o atual campeão da Libertadores levou SEIS gols em dois jogos, sendo que nenhum deles foi digno de contestação por irregularidade. Aí fica difícil classificar, né?
O técnico do Santos, Claudinei Oliveira, também reclamou do histórico caseiro da arbitragem na eliminação contra o Grêmio. Mas não foi o árbitro que perdeu o gol que o atacante Gabriel desperdiçou quando o jogo estava 0 a 0, ou foi? Foi o árbitro que errou defensivamente nos dois gols feitos pelo time gaúcho?
Não estou discutindo se as pessoas citadas acima tem razão nas reclamações que fizeram. Este não é o tema principal do post. A arbitragem brasileira, no modo geral, é fraca, e até quem foi árbitro reconhece isso.
O que discuto é que os técnicos, na sua grande maioria, esquecem de admitir as falhas do seu time e transferem a culpa dos resultados ruins para o desempenho dos árbitros. Equipe que vai bem, em 99% das vezes, ganha as partidas apesar de ser prejudicada pela arbitragem. Por isso, peço: mais futebol e menos chororô com a arbitragem, por favor.
Crédito da foto: Nelson Perez/Fluminense FC
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