Entrei na faculdade de jornalismo em 2002, na Universidade Metodista de São Paulo. Apesar de gostar muito de esportes, não tinha a pretensão inicial de trabalhar na área, o que foi acontecer em 2005, pelo Terra, e de 2007 até hoje, no UOL. Desde então, adquiri o hábito de torcer muito mais por pessoas do que por agremiações.
Claro que torço para o meu time no futebol e no basquete, esportes que mais gosto de acompanhar. Mas aprendi a torcer pelo sucesso das pessoas que merecem, independente delas trabalharem nos rivais do clube do meu coração.
Quando se trabalha com esportes, a gente acaba tendo acesso aos bastidores dos jogos, dos treinamentos dos times, do trabalho dos técnicos, jogadores, diretores. E acaba vendo quem realmente merece da torcida e quem não dá valor a quem o venera.
Vou citar um exemplo para não correr o risco de pagar por ser genérico demais. Tido como Professor Pardal por boa parte do torcedor comum, o técnico Adilson Batista é daqueles profissionais que merecem toda a sorte do mundo. É um cara honesto, muito trabalhador e que segue com afinco as suas convicções.
Posso discordar da sua maneira de ver o futebol em alguns aspectos, mas não posso dizer que ele não entende de futebol. Adilson é um profissional diferenciado da maioria dos técnicos do país, e por isso merece a minha torcida, onde quer que ele esteja.
A profissão me fez torcer menos pelo meu time do coração, admito. Aos poucos, você perde o encantamento ao ver tantas coisas que o desagradam. Mas em contrapartida, o jornalismo esportivo me fez ter exemplos concretos de profissionais que primam pela correção e merecem todo sucesso do mundo. Mas mesmo pelos bons quanto pelos maus exemplos, digo que tem valido a pena.
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