Fantástico, Altas Horas, Legendários, De Frente com Gabi, Agora é Tarde, Pânico da Jovem Pan, Esporte Espetacular, ufa…esse são alguns dos programas que Anderson Silva participou desde que perdeu o cinturão dos médios do UFC após ser derrotado por nocaute para Chris Weidman.
Bem orientado por sua assessoria, Anderson escolheu programas em que sabia que não seria colocado contra a parede. As situações embaraçosas, se existissem, certamente seriam bem contornadas. Posso citar um exemplo: o lutador do UFC foi ao Legendários, programa da Record comandado por Marcos Mion, apresentador que é seu amigo declarado.
Na ‘turnê’ pela imprensa, Anderson deixou de lado as críticas (pertinentes, por sinal) aos fãs brasileiros e retomou o discurso de humildade e patriotismo, além das características que sempre contribuíram para popularizá-lo, como a voz fina e a facilidade de cantar, dançar e interpretar sem o medo de ser julgado por isso.
Mas a pergunta que fica para mim é: será que ele aprendeu as lições do nocaute? Admito que não sei a resposta, mas torço para que seja sim.
Diante de tanta exposição de Anderson na mídia, o assunto “derrota para Chris Weidman” foi dissecado até não poder mais. O brasileiro fez algumas ponderações coerentes sobre os motivos que o fizeram perder.
Concordo com ele que foi um erro técnico. Então essa é a primeira lição que tem que ser superada. Errar é humano, mas pode custar um cinturão. O estilo de guarda aberta com que ele luta não permite descuidos.
Achei que houve desrespeito ao Weidman. “Ah, mas ele luta sempre assim”, diria um defensor do brasileiro. Sim, e por isso já fazia por merecer ser surpreendido como foi, contra um adversário que não entrou no seu jogo psicológico. Nem todos caem nas suas provocações, e isso é algo que Anderson tem que aprender.
Anderson caiu porque subestimou o rival. Além disso, estava tão obcecado que não entendeu que as duas vezes em que ficou muito perto de ser finalizado no primeiro round deveriam servir como alerta do tipo: agora acabou a brincadeira, preciso derrotá-lo. Essa é outra lição que fica para o brasileiro.
Anderson Silva ainda é o melhor lutador peso por peso? Apesar de o ranking dizer o contrário, eu acredito que sim.
É melhor que Chris Weidman? Sim, e muito.
Vai vencer a revanche no dia 28 de dezembro? Se tiver a humildade de reconhecer seus erros, aprender com eles, e não repeti-los, vence com facilidade e volta novamente a ser ídolo nacional. Porque nos outros esportes, somente conquistam a condição de ídolos nacionais aqueles que vencem sempre.
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